quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Abro a janela:
vejo apenas o muro branco
onde o Sol acende e apaga sua luz.
Então o dia está ensolarado,
que pena!
Eu queria nuvens, cinza, chuva.
Razão para ficar só em meu quarto fechado.

Mas o Sol grita com todos os seus raios-letras grandes: acorda!
Um quarto fechado é uma vida morta.
Eu sou a luz!
Não quero Sol, quero ficar deitada,
aqui,
onde talvez não exista nada.
O que é não existir nada, existir nada, não ser nada, ser nada?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eu não sei se quero fumar uma cigarrilha
Ou escrever um poema
Neste dia interminavelmente chuvoso
Nesse trópico tristeza
Estou entre fumaça e versos.

Os dedos puxam a cigarrilha
Risco o fósforo
A mente puxa a palavra primeira
Arrisco um pensamento
Desisto!
Não estou para fumaça e versos.

Olho a chuva, simplesmente.