quarta-feira, 11 de março de 2009

Escancaro a face arenosa do meu ser
a todo instante
a todo minúsculo e insignificante acontecimento.
Tudo fica registrado em minha pele
É só ler os sinais.
Por isso, meu tecido não é seda
É áspero e cheio de surpresas.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sento na cadeira da escola para ler silenciosamente
um poema de João Cabral de Melo Neto -
"O Ritmo do Chimborazo", meu poema predileto.
Sem escolha: grito o poema dentro de mim.
Controlo e expando
O riso e as lágrimas
E nesse ir e vir
De me soltar e de me contrair
Não sei onde estou:
Se fora ou se dentro.
Na imagem do espelho
Vejo apenas o intervalo
Desse eu em movimento.